quinta-feira, 12 de outubro de 2017

21 anos sem Renato Russo.

Em 1996 no dia 11 de outubro, o líder da Legião Urbana e um dos maiores ídolos do rock nacional morreu, em decorrência de complicações causadas pela Aids. 


Renato Manfredini Júnior viveu até os seis anos de idade na sua Rio de Janeiro natal, com sua família e desde cedo mostrou seu talento nas artes. Tanto no dia a dia como nas aulas do Colégio Olavo Bilac, onde cursou os primeiros anos. Dessa época, compôs uma bela redação chamada "Casa velha, em ruínas...", que nunca foi divulgada na integra.

Em 1967, mudou-se para Nova Iorque acompanhando seu pai, funcionário do Banco do Brasil e que fora transferido para agência naquela cidade e aos nove anos retorna ao RJ, indo morar numa casa na Ilha do Governador. Em 1975, aos quinze anos, Renato foi diagnosticado como portador da epifisiólise, uma doença óssea. Nessa época, ele já morava em Brasilia e começava a se enturmar com o rock brasiliense. Tentando resolver os seus problemas de saúde, submete-se a uma cirurgia e implanta três pinos de platina na bacia, deixando Renato seis meses na cama, praticamente sem movimentos. Esse fato transformou sua vida pois, ele passou todo o tempo escutando música, lendo, estudando e criando... poesias.

Em 1978, quando dava aulas de inglês em conhecido curso de idiomas, Renato foi escolhido, entre os professores para saudar o príncipe Charles, que visitava o Brasil devido, claro, à sua excelente pronúncia na língua.

Também nesse ano, ele forma a sua primeira banda - o Aborto Elétrico - com os amigos Fê Lemos e André Pretorius. A experiência não vingou por muito tempo devido as constantes discussões entre os membros mas, é dessa época os sucessos "Tédio (Com um T bem grande pra você)", "Que país é esse?" e "Veraneio Vascaína" e foi a semente que deu origem à Legião, ao Plebe Rude e ao Capital Inicial, liderado por Dinho Ouro-Preto. A frente da banda, tanto como líder, vocalista e compositor de quase todas as composições, juntou-se a Dado Villa-Lobos (guitarra), Renato Rocha (baixo) e Marcelo Bonfá (bateria), Renato passou a ser reconhecido como um dos maiores poetas do rock brasileiro.

Suas principais influências eram o pós-punk londrino que surgira na época, mais especificamente  Robert Smith, vocalista do The Cure, e Morrissey, vocalista da banda The Smiths e teve como seus principais sucessos as musicas: Faroeste Caboclo; Pais e Filhos; Que País é Esse; Eduardo e Mônica; Geração Coca-Cola; Tempo Perdido; Eu Sei, entre outros.

Renato sempre se mostrou a frente de seu tempo, tanto politica e socialmente (ele assumiu sua homocexualidade aos 18 anos) como artisticamente - ele foi idolatrado quase messianicamente por uma legião de fãs que, em trocadilho, chamavam a banda de "Religião Urbana".

Renato Russo faleceu no dia 11 de outubro de 1996, às 01h15 da madrugada junto da família e deixou um filho, Giuliano que, na época estava com 7 anos de idade. O corpo foi cremado e suas cinzas foram lançadas no Parque Burle Marx - coincidentemente, o ex-baixista da Legião Urbana, Renato Rocha passeava com a namorada no momento do lançamento das cinzas e o pneu da sua moto furou em frente ao local. 

Em 22 de outubro de 1996, onze dias após a morte do cantor, Dado Villa Lobos e Marcelo Bonfá, anunciaram o fim das atividades do grupo. Estima-se que o mesmo tenha vendido cerca de 20 milhões de discos no país durante a vida de Renato. E mesmo após tanto tempo, a banda (e o próprio Renato Russo) apresenta vendas expressivas de seus discos pelo mundo.

E como acontece todos os anos, em memória de Renato Russo, muitos shows estão se realizando, pelo país inteiro. Uma ótima forma de manter a chama acesa.

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