sábado, 28 de outubro de 2017

Dica de leitura? Prezados Ouvintes. Histórias do rádio e do pop rock. Da criação da Ipanema ao Cafezinho

Dia desses, ganhei de um amigo, um livro sobre duas das minhas paixões - livros e rock. E tão maravilhoso que resolvi indicar.  

Prezados Ouvintes, do Mauro Borba, é dos mais interessantes livros que já li. Escrito numa linguagem simples e coloquial, informa e diverte de forma leve e bem humorada, trazendo memórias já esquecidas, informações desconhecidas da maioria e comentários sobre o dia a dia desse universo. A impressão que se tem é que estamos escutando um bate papo, onde a voz do autor contagia e embala, fazendo das páginas esquetes e das palavras música. Muito bom mesmo.

Nas palavras do autor, o livro é um apanhado de estórias das rádios Ipanema e Pop Rock desde os anos 80 até o ano 2.000. Estórias curiosas, o envolvimento dos ouvintes e das bandas que começaram naquele período e se tornaram ícones do rock nacional. Como disse o Arthur de Faria, um dos citados nas muitas histórias: “ Estão despretenciosamente reunidos nestas páginas dados fundamentais pra quem quiser entender os últimos 20 anos da cultura pop de uma cidade e de um Estado tão peculiares como os nossos”. 

Com muita info sobre os memoráveis shows que aconteceram no estado, fala também (e muito) sobre as bandas gaúchas como Engenheiros, Nenhum de Nós, TNT e, também, das nacionais como Legião, Paralamas e muitas outras.

Resumindo - Vale muito a pena "viajar" nas crônicas e conhecer o que de melhor aconteceu no período por quem participou desde o início.

Rádio Putzgrila, de Porto Alegre, prepara cd com rock gaúcho. Increva-se.

O Programa POA ROCK, da Rádio Putzgrila, criou um concurso de bandas de rock que vai levar aos estúdios e, depois a um show de lançamento, do cd  Poa Rock.

As inscrições só poderão ser feitas pela internet através do e-mail: albumpoarock@hotmail.com

o qual deverá ter as seguintes informações:

a) Um breve RELEASE resumindo a história da banda/projeto, formação e integrantes;
b) Uma FOTO da banda completa e atual;
c) LINKS do youtube, face, plataformas de áudio/video contendo música autoral;
d) na falta de links mandar por e-mail material mp3 ou mp4;
e) Endereços de FanPage, Site e contato do responsável da banda.

Quer saber mais? Entra lá no site da rádio (http://radioputzgrila.com.br/site/poarock) e confere.


Flea, baixista do Red Hot Chilli Peppers, aparece nu na sacada de hotel.

O casamento do empresário musical Guy Oseary, com conhecida modelo, movimentou o Rio de Janeiro nesta semana. Famosos, como Ashton Kutcher, Madonna, Matthew McConaughey e outros, vieram de fora e se juntaram aos demais convidados para a cerimônia. Detalhe: Todos foram convidados e ficaram hospedados nos 50 quartos do hotel Fasano, na zona sul da cidade, reservado especialmente para o evento. Alguns quartos, inclusive, com vista para a praia de Ipanema, um dos principais cartões postais da cidade.






Uma multidão de fãs e curiosos se ajeitou em frente ao hotel, na esperança de ver alguma das celebridades pois, a noticia vazou. O que ninguém esperava, era ver a cena hilária, no mínimo, que aconteceu na terça (24) - Flea, baixista da Red Hot Chilli Peppers, foi conferir a vista da sacada do seu quarto... completamente nu.

A imagem acabou sendo clicada pelos paparazzi e correu o mundo.  




Mas, para quem conhece a figura, não se surpreendeu afinal, o cara já se apresentou assim até nos palcos!!!

segunda-feira, 23 de outubro de 2017

O retorno do U2 ao Brasil.

U2 retornou a São Paulo seis anos depois do último show, em 2011, quando trouxe a turnê 360º. Desta vez, eles vieram para quatro shows (todos no mesmo Morumbi da tour anterior), algo inédito, o grupo trás a tour que celebra os 30 anos do seu álbum mais emblemático - The Joshua Tree.


A abertura ficou a cargo do renovado Noel Gallagher que, entrando cerca de uma hora antes, seria uma atração menor do que poderíamos supor, lembrando de sua história com o Oasis mas, não. Um Gallagher mais experiente e preparando seu terceiro disco da carreira solo, não se sentiu incomodado por abrir a festa, pelo contrário, na verdade, sentiu-se mais a vontade não sendo a atração principal, como fazia na antiga banda. 


Até mostrou algumas novidades como, o novo single "Holy Mountain" mas, só levantou a platéia quando lembrou dos velhos sucessos "Wonderwall", "Don't Look Back in Anger", "Half the World Away", "Little by Little" e “Champagne Supernova”, do Oasis. Outras composições, como “Everybody's on the Run”, “In the Heat of the Moment” e “AKA... What a Life!” seriam melhor recebidas mas, o show não era dele... ele estava apenas preparando para o quarteto irlandês e isso ele fez muito bem. O estádio já estava quase lotado quando ele desceu. 

E o U2 subiu ao palco menos de uma hora depois do inicio da festa com a conhecida e explosiva "Sunday Bloody Sunday" fazendo com que o publico cantasse junto os versos do hit.

A atual turnê, mostra um show eletrizante e com aqueles hits que marcaram a história do U2 (“New Year's Day”, “Bad”, “Pride (In the Name of Love”, por exemplo) e eles aproveitam um pequeno palco montado na Red Zone ficando assim, muito próximos da platéia, para só depois subir ao espaço principal. De lá, o disco The Joshua Tree é tocado na íntegra, do popular lado A (de “Where the Streets Have No Name”, “I Still Haven't Found What I'm Looking For”, “With or Without You”) às menos conhecidas “In God's Country”, “Trip Through Your Wires”.


Ficou muito bacana a forma como o U2 tenha resolvido tocar o clássico álbum de 1987 por inteiro e na ordem da gravação, ficando mesmo, a sensação de tributo ao trabalho que, simplesmente, transformou o grupo num dos mais influentes do rock mundial. O telão, como um pano de fundo e extensão do palco, reproduz durante o show, imagens da natureza (a árvore lembrando o título do disco), fotos antigas e atuais, mensagens políticas (contra Donald Trump, por exemplo) e outras lembranças deixando de mostrar os integrantes e valorizando o som da banda afinal, não eram os rostos já bastante conhecidos de Bono e The Edge que importavam mais.

O U2 continua privilegiando uma plateia elitizada e reduzida de fãs devido aos altos preços de ingressos e até por isso, performances mais sombrias e agressivas como "Exit" não receberam muitos aplausos. Já canções mais melódicase de letras menos agressivas pelas quais a banda é mais conhecida trouxeram mais alegria - de “Beautiful Day” a “With or Without You”.





O guitarrista The Edge continua enchendo o espaço com seus rifs e solos magistrais; o baterista Larry Mullen Jr. manteve a pegada de sempre (usou o tempo todo, uma camiseta estampada em português "Censura Nunca Mais"); Adam Clayton continua o mesmo protocolar e eficiente auxiliar; e, claro, Bono Vox, continua agradando com suas piadas e gracejos mas, também levantando a massa com suas chamadas políticas, contra opressores, etc. Como sempre. 

Além do antológico disco, claro, eles trouxeram de volta sucessos como "Elevation", "Vertigo", "One" e a nova "You're the Best Thing About Me".

Durante "Ultraviolet (Light My Way)" a banda homenageou a nossa cultura mostrando fotos, no telão, de Tarsila do Amaral, Irmã Dulce, Taís Araújo e Maria da Penha aparecendo ao lado de nomes como Ellen DeGeneres, Hillary Clinton e Angela Merkel. Bono já havia citado Cazuza e Renato Russo e reverenciado os nossos remédios genéricos durante uma breve cover de "Heroes" (David Bowie). 



Larry Mullen Jr critico como sewmpre.


Por fim, ficou claro que o U2 não se preocupou com velhas fórmulas ou sucessos de discos atuais, quis apenas reverenciar o seu mais conhecido e antigo trabalho. 

A única nota negativa é que, mesmo com uma tour mundial e quatro shows em São Paulo, não sobrou espaço para outras cidades. Pena mesmo...

sábado, 21 de outubro de 2017

Lynyrd Skynyrd: 40 anos depois da tragédia que quase acaba com a banda.

Uma das mais emblemáticas bandas de rock norte americanas, a Lynyrd Skynyrd quase acabou, há exatos 40 anos atrás. Em 20 de outubro de 1977 a banda embarcou no seu jato particular para um show em Baton Rouge, Louisiana... mas, nunca chegou. O Convair teve uma pane seca e caiu em Gillsburg, Mississippi, levando três membros da banda, entre os quais o carismático líder e vocalista Ronnie Van Zant.


A formação inicial dos Lynyrd Skynyr 


Mesmo assim e apesar dos membros sobreviventes terem, por pouco, escapado da morte, a banda continuou - apesar, claro, das marcas que ficaram.

Após o hiato de dez anos, a banda ressurgiu com Johnny Van Zant, irmão mais novo de Ronnie, à frente, voltou aos concertos, trouxe novos trabalhos, mas infelizmente, nunca se igualaram à qualidade dos primeiros. Passados quarenta anos, o espírito da banda permanece intocável, contagiando aqueles que procuram no rock algo mais profundo e inspirador. 

A banda foi formada nos anos 60 em Jacksonville, Flórida, por um grupo de vizinhos e colegas de escola e tinha Ronnie Van Zant como vocalista e líder do grupo, o baterista Robert Burns, os guitarristas Gary Rossington e Allen Collins, e ainda o baixista Larry Junstrom. O nome, pra lá de estranho, foi inspirado no nome do professor de educação física Leonard Skinner da turma - um cara muito tirano e que não permitia o uso de cabelo comprido. Ironicamente, o tal professor é hoje um grande fã da banda.

O primeiro álbum, que tem o nome na pronuncia correta, foi lançado em 1973 e conta com Ed King na guitarra Rítmica e sem Larry Junstrom, teve uma ótima recepção tanto da crítica como publico e até hoje permanece na lista dos 500 melhores álbuns de rock de todos os tempos, segundo a revista Rolling Stone. Canções como Tuesday’s Gone, Gimme Three Steps, Simple Man e Mississipi Kid ainda hoje fazem sucesso. Tem ainda a ótima Free Bird e seu solo da guitarra de Allen Collins - um dos melhores do rock.


No ano seguinte, a banda lançou seu segundo trabalho, Second Helping, já contava com o baixista Leon Wilkeson e trouxe Sweet Home Alabama - outra excelente canção para a longa lista de sucessos. Depois, em 1975, veio Nuthin’ Fancy, Gimme Back My Bullets em 1976, e Sweet Survivors em 1977, álbuns que, se não tiveram o mesmo sucesso dos primeiros, mantiveram a pegada e prosseguiram na estrada. Durante a tournée de 1975, Ed King saiu sendo substituído por Steve Gains, assim como Bob Burns, que também sairia da banda um ano antes, em 1974. As trocas constantes de membros acabaram contribuindo para que os Lynyrd Skynyrd criassem um estilo próprio e bem diverso das outras bandas.

Mas por ironia do destino, três dias após o lançamento do álbum de 77, acontece o acidente que mudaria a história da banda. Ronnie Van Zant, carismático líder e vocalista, e Steven Gaines perderam a vida (além de Cassie Gaines, irmã de Steven, o piloto, o co-piloto e o manager da banda). Os demais integrantes além do choque, saíram com ferimentos graves.


A formação atual

Assim, a banda foi desfeita. Os Lynyrd Skynyrd nunca mais seriam os mesmos.



Mas... Em 1987, Johnny, o irmão mais novo de Ronnie Van Zant, reergueu a banda, chamando alguns dos sobreviventes da tragédia de 1977 e juntando outros músicos, continuando, assim, o trabalho do irmão. 





E o retorno foi em grande estilo. Lynyrd Skynyrd mantem o mesmo estilo e lançou outros trabalhos: Lynyrd Skynyrd 1991 (1991), The Last Rebel (1993), Endangered Species (1994), Twenty (1997), Edge of Forever (1999), Christmas Time Again (2000), Vicious Cycle (2003), God & Guns (2009) e Last of a Dyin’ Breed (2012). 



Ronnie Van Zant e Steven Gaines amigos desde a infância


Mesmo com a lacuna dos dez anos de parada, a banda soma 50 anos de história e é ainda considerada uma das mais icônicas do cenário mundial. Foram mais de trinta os músicos que contribuíram nos catorze álbuns e mesmo sem Ronnie, Steve e Allen, eles continuam os velhos sucessos. E criando novos.

quarta-feira, 18 de outubro de 2017

Quem você gostaria de ver num festival de rock?


Tom Petty é velado em santuário de yoga.

Roqueiro americano foi velado e cremado no Santuário do Lago da Irmandade da Autorrealização, em Los Angeles - mesmo local onde o amigo George Harrison foi cremado e fazia retiros espirituais.

Em seus últimos anos de vida, o roqueiro praticou meditação transcendental para controlar seu vício em heroína e outras drogas.


A filha de Petty, AnnaKim Violette publicou algumas fotos do evento no Instagram e, numa delas, mostra pequenas flores sobre um tecido cinza, acompanhada da legenda "You belong somewhere you feel free" ("Você pertence a algum lugar onde você se sinta livre"), da canção "Wildflowers" do cantor.

Petty morreu de um ataque cardíaco, pouco depois de concluir uma turnê pelos 40 anos da sua banda, The Heartbreakers e "I Won't Back Down, "Free Fallin'" e "American Girl" se destacam entre suas canções de sucesso.

O Santuário é um grande jardim público e reúne os símbolos das maiores religiões. No local, Elvis Presly fazia retiros espirituais e há um sarcófago com parte das cinzas de Mahatma Gandhi.


Harrison, amigo de longa data e parceiro no grupo Traveling Wilburys, apresentou o hinduísmo à Petty que passou a seguir a religião.

Não há informações sobre o funeral ou qualquer cerimônia público para os fãs. 

segunda-feira, 16 de outubro de 2017

A incrível noite de Sir Paul McCartney - ou, o show que não deveria terminar nunca.

Além da empatia, carisma e vitalidade, Paul McCartney mostrou, no show de sexta-feira (13) à noite, em Porto Alegre que, além de tudo ele controla o tempo e o clima. O beatle simplesmente fez parar a chuva que castigava a cidade há dias e fez um dos melhores shows já visto por aqui. E ele tratou de ganhar a simpatia (como se precisa-se) com um "Oi, Porto Alegre! tudo bem?" em bom português. 

E para abrir a festa, veio com o clássico A Hard Days's Night , música que o músico nunca havia cantado em carreira solo e que já faz parte da turnê One on One que, passou por Porto Alegre, vai a São Paulo, Belo Horizonte e termina (a parte brasileira) em Salvador, na próxima sexta-feira (20). 

Nem deu tempo de cair alguma lágrima e ele emendou com uma antiga canção da banda mais famosa: Can't Buy Me Love, executada enquanto o telão mostrava imagens do início da carreira de John, Paul, George e Ringo. Aliás, o telão, em muitos momentos, torna o show  mais emocionante com imagens antigas (algumas inéditas) e capas dos melhores e principais álbuns (a de Sgt. Pepper's, por exemplo, ganhou uma versão animada).

Depois Got To Get You Into My Life, Paul resolveu sensualizar brincando com as fãs enquanto tirava o blazer, fazendo com que as mesmas soltasse alguns gritinhos e aplausos. Até arriscou algumas frases em gauches como  "tribom", "trilegal" e um "bah". 

A declaração de amor à amada Nancy também veio no idioma local: "Eu escrevi essa música para a minha querida esposa Nancy. Ela está aqui hoje", falou, antes de tocar ao piano a bela e romântica My Valentine, do álbum solo Kisses on the Bottom, de 2012. A canção tem um clipe igualmente bonito, em preto e branco, com Johnny Depp e Natalie Portman, que foi projetado nos telões. 

As canções da fase Beatles eram as que mais emocionavam o público mas, mas, ele não esqueceu (claro) da carreira solo. Maybe I'm Amazed, de 1970 e composta logo após o rompimento com a banda foi uma delas. 

As músicas que gravou com a banda The Wings também estão presentes. Let me Roll It e Nineteen Hundred and Eighty-Five são algumas delas, mas nada supera Live and Let Die. Uma encomenda para o filme Com 007 Viva e Deixe Morrer (1973), a canção ganha no palco um vigor impressionante e é durante sua execução que o show atinge o ápice da pirotecnia, com explosões, chamas no palco e fogos de artifício. Mas essa é uma exceção, afinal Sir McCartney não precisa de nada além de sua música para conquistar os fãs. Até a canção In Despite of All The Danger, composta ainda na época que John e Paul integravam a sua primeira banda, The Quarrymen, entrou no repertório. "Vamos fazer uma viagem no tempo", disse, convidando o público, antes de começar a tocar aquela que foi a primeira música gravada pelos Beatles segundo Paul e mistura um pouco de skiffle e rock. 

Com a balada seguinte, And I Love Her, ele arrancou, novamente, gritinhos do público quando, de costas, resolveu  rebolar para a platéia. A ótima Four Five Seconds, veio a seguir e está entre o soul e o pop, parceria de Paul com Rihanna e Kanye West mas, perde um pouco de sua força cantada sozinho. Vale a pena conferir a performance do trio.

Ali, já eram quase duas horas de show e o ex-beatle mostrava uma disposição inacreditável, principalmente para um cantor e músico de 75 anos. E ainda viria muita coisa pela frente - Eleanor Rigby; I Wanna Be Your Man; In the Benefit of Mr. Kite; Something e, claro, a indefectível Hey Jude, acompanhado pelo público. 

Voltando aos telões, os equipamentos impressionam pela incrível resolução, mesmo com quase cinco metros de altura e, na maior parte do tempo, mostram Paul cantando, tocando ou brincando com o pessoal. 

E assim, depois de 35 canções (algo inédito entre nós) e 3 horas de energia, o cara se despediu "Obrigado, gaúchos e gaúchas!", novamente em português. 

O clima foi tão bom que o ninguém lembrou das tempestades que nos atormentaram até poucas horas antes. 

Boa estada, Sir... e volte sempre!!!

A abertura do show ficou a cargo de Frank Jorge e Luciano Albo que executaram os maiores sucessos das bandas nas quais fizeram parte e de suas carreiras solos como por exemplo "Amigo Punk" e "Sob um Céu de Blues".

Parceiros de longa data e muitos sucessos com Os Cascavelletes, TNT, Tenente Cascavel e outros, já estão virando lenda afinal, os caras viveram e fazem parte de tudo de bom que aconteceu no sul do país em termos de boa música.

- Fotos de Evelin Altreiter Schneide

quinta-feira, 12 de outubro de 2017

"Uma Super Missão" diz Frank Jorge antes de abrir o show de Paul McCartney.

Há sete anos, o músico Frank Jorge estava no mesmo local mas como ouvinte e fã. Agora, nessa sexta, 13 de outubro, ele vai estar no mesmo estádio Beira Rio mas, mais perto do ídolo e fazendo história. Ele e Luciano Albo subirão ao palco e farão a abertura do show.

"Tenho alguns distúrbios de sono e isso tem se intensificado desde que recebi a notícia", disse Frank.

Eles farão uma apresentação mais que especial com duração de de 30 minutos (aproximadamente) e será com os sucessos das bandas que fizeram parte, como Os Cacavelletes, Graforréia Xilarmônica, Cowboys Espirituais e Tenente Cascavel, entre outras. 
"Eu imaginei alguém tão fã de Beatles como eu para criar esse show de meia hora e pensei no Luciano. Eu tinha uma série de outros amigos que poderiam estar comigo, mas achei que ele tinha mérito e também é mérito pra mim. É um cara que admiro muito", explica Frank.
Além de músico, Frank é professor e coordenador do Curso Tecnólogo de Produção Fonográfica da Unisinos. Fã declarado de Beatles, o multi-instrumentista lembra como aprendeu a tocar baixo.

"Eu fiz aula de violão e baixo, mas nunca tive aula de contrabaixo. E sempre gostei de dizer que o Paul Mccartney foi meu professor. Não é exagero. Eu acabei percebendo, estudando o jeito dele tocar, dele criar linhas de baixo, que me influenciaram muito", explica.

PAUL MCCARTNEY EM PORTO ALEGRE

Quando: Sexta-feira, 13 de outubro de 2017
Local: Estádio Beira-Rio - Porto Alegre
Abertura dos portões: 17h30
Classificação etária: Menores de 10 anos não serão permitidos. De 10 a 15 anos permitida a entrada acompanhado de responsável. 

21 anos sem Renato Russo.

Em 1996 no dia 11 de outubro, o líder da Legião Urbana e um dos maiores ídolos do rock nacional morreu, em decorrência de complicações causadas pela Aids. 


Renato Manfredini Júnior viveu até os seis anos de idade na sua Rio de Janeiro natal, com sua família e desde cedo mostrou seu talento nas artes. Tanto no dia a dia como nas aulas do Colégio Olavo Bilac, onde cursou os primeiros anos. Dessa época, compôs uma bela redação chamada "Casa velha, em ruínas...", que nunca foi divulgada na integra.

Em 1967, mudou-se para Nova Iorque acompanhando seu pai, funcionário do Banco do Brasil e que fora transferido para agência naquela cidade e aos nove anos retorna ao RJ, indo morar numa casa na Ilha do Governador. Em 1975, aos quinze anos, Renato foi diagnosticado como portador da epifisiólise, uma doença óssea. Nessa época, ele já morava em Brasilia e começava a se enturmar com o rock brasiliense. Tentando resolver os seus problemas de saúde, submete-se a uma cirurgia e implanta três pinos de platina na bacia, deixando Renato seis meses na cama, praticamente sem movimentos. Esse fato transformou sua vida pois, ele passou todo o tempo escutando música, lendo, estudando e criando... poesias.

Em 1978, quando dava aulas de inglês em conhecido curso de idiomas, Renato foi escolhido, entre os professores para saudar o príncipe Charles, que visitava o Brasil devido, claro, à sua excelente pronúncia na língua.

Também nesse ano, ele forma a sua primeira banda - o Aborto Elétrico - com os amigos Fê Lemos e André Pretorius. A experiência não vingou por muito tempo devido as constantes discussões entre os membros mas, é dessa época os sucessos "Tédio (Com um T bem grande pra você)", "Que país é esse?" e "Veraneio Vascaína" e foi a semente que deu origem à Legião, ao Plebe Rude e ao Capital Inicial, liderado por Dinho Ouro-Preto. A frente da banda, tanto como líder, vocalista e compositor de quase todas as composições, juntou-se a Dado Villa-Lobos (guitarra), Renato Rocha (baixo) e Marcelo Bonfá (bateria), Renato passou a ser reconhecido como um dos maiores poetas do rock brasileiro.

Suas principais influências eram o pós-punk londrino que surgira na época, mais especificamente  Robert Smith, vocalista do The Cure, e Morrissey, vocalista da banda The Smiths e teve como seus principais sucessos as musicas: Faroeste Caboclo; Pais e Filhos; Que País é Esse; Eduardo e Mônica; Geração Coca-Cola; Tempo Perdido; Eu Sei, entre outros.

Renato sempre se mostrou a frente de seu tempo, tanto politica e socialmente (ele assumiu sua homocexualidade aos 18 anos) como artisticamente - ele foi idolatrado quase messianicamente por uma legião de fãs que, em trocadilho, chamavam a banda de "Religião Urbana".

Renato Russo faleceu no dia 11 de outubro de 1996, às 01h15 da madrugada junto da família e deixou um filho, Giuliano que, na época estava com 7 anos de idade. O corpo foi cremado e suas cinzas foram lançadas no Parque Burle Marx - coincidentemente, o ex-baixista da Legião Urbana, Renato Rocha passeava com a namorada no momento do lançamento das cinzas e o pneu da sua moto furou em frente ao local. 

Em 22 de outubro de 1996, onze dias após a morte do cantor, Dado Villa Lobos e Marcelo Bonfá, anunciaram o fim das atividades do grupo. Estima-se que o mesmo tenha vendido cerca de 20 milhões de discos no país durante a vida de Renato. E mesmo após tanto tempo, a banda (e o próprio Renato Russo) apresenta vendas expressivas de seus discos pelo mundo.

E como acontece todos os anos, em memória de Renato Russo, muitos shows estão se realizando, pelo país inteiro. Uma ótima forma de manter a chama acesa.

terça-feira, 10 de outubro de 2017

Morrostock anuncia bandas escolhidas pelo povo.

Morrostock, um dos maiores e melhores
festivais de rock, anunciou 18 bandas selecionadas em um processo coletivo e que vão se juntar a nomes como a californiana Collen Green, a argentina El Sonido & Fafarria Insurgente e grupos como Selvagens à procura da lei, Estrela Leminski e Téo Ruiz, Musa Híbrida, Hierofante Púrpura, Bloco da Laje, entre outras atrações já confirmadas. A escolha foi feita em uma parceria entre a Comuna Morrostock, formada por pessoas que adquiriram seus ingressos antecipados e tiveram a oportunidade de formar uma curadoria colaborativa, e a organização do festival.

Os selecionados são: Akeem (Porto Alegre), Alpargatos (Porto Alegre), Baby Budas (Porto Alegre), Bardos da Pangeia (Bento Gonçalves), Bordines (Porto Alegre), Caramuru e Julião (Pernambuco), Groupies do papa (São Paulo), Joe Silhueta (Distrito Federal), Love Chaleira (Sapucaia do Sul), Louis&Anas (Santa Maria), Mar de Marte (Erechim), Paola Kirst (Rio Grande), Snow Twins (Osório), Sterea (Porto Alegre), The Cesaros (Santa Maria), The Outs (Rio de Janeiro), The Shorts (Curitiba) e Thiago Ramil (Porto Alegre).

O festival será realizado entre os dias 1 e 3 dezembro no Balneário Ouro Verde, em Santa Maria. O ingresso garante acesso aos três dias de shows, apresentaçõs teatrais e oficinais, bem como a toda estrutura de camping do Balneário Ouro Verde. As entradas estão no segundo lote, com valor de R$ 180 (meia-entrada) e R$ 200 (solidária) - esta segunda modalidade é disponível a todos mediante a entrada de 1kg de alimento que será doado à instituição de caridade.

Maiores informações em http://morrostock.com.br/


Atenção pessoal que curtem um bom Rock'n Roll... tá chegando a hora do maior e melhor festival de rock do planeta! O Festival POA...